Sou tomista convicto. O aspecto da Filosofia pelo qual mais me interesso é a Filosofia da História. Em função deste encontro o ponto de junção entre os dois gêneros de atividade em que me venho dividindo ao longo de minha vida: o estudo e a ação. O ensaio em que condenso o essencial de meu pensamento explica o sentido de minha atuação ideológica. Trata-se do livro Revolução e Contra-Revolução.

13 de março de 2014

Que o Brasil não seja colhido como templo sem muralhas defensivas...

Os mosteiros fortificados da Idade Média são, para os homens contemporâneos, um símbolo do que deles reclama a época presente. Construídos exclusivamente para o culto divino e a contemplação tranqüila das verdades eternas, Mosteiros se circundavam de fortíssimas muralhas, para se porem ao abrigo dos inimigos da Cristandade, prevendo a guerra para manter a paz, e defendendo com o braço dos cavalheiros cristãos a sua liberdade contra os inimigos do nome de Cristo.

Ai do Mosteiro medieval no qual o zelo pelo culto fizesse desleixar a defesa contra o adversário mouro ou pagão: em pouco tempo seria assediado e reduzido a ruínas. Ai também do Mosteiro em que o zelo pela luta sufocasse o espírito de oração: desviado de seu verdadeiro espírito, provocaria a ira de Deus e atrairia sobre si os terríveis efeitos de sua cólera.

“Oração e luta”, oração para glorificar a Deus e vencer na luta, luta para conservar o direito de prestar culto a Deus e viver em oração! Era esse o lema dos mosteiros fortificados da Idade Média. E hoje, quantos países há que julgam poder conservar sua Fé sem travar em qualquer terreno a luta que a preservação da Fé exige! Rezemos para que o Brasil não venha a ser colhido de surpresa como um templo sem muralhas defensivas...

Fonte: Uma lição de granito para os brasileiros de nossos dias, Legionário, 27.03.1938

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