Sou tomista convicto. O aspecto da Filosofia pelo qual mais me interesso é a Filosofia da História. Em função deste encontro o ponto de junção entre os dois gêneros de atividade em que me venho dividindo ao longo de minha vida: o estudo e a ação. O ensaio em que condenso o essencial de meu pensamento explica o sentido de minha atuação ideológica. Trata-se do livro Revolução e Contra-Revolução.

18 de novembro de 2014

Autodemolição: diabólico estratagema

Nada haverá de injusto em que nosso século venha a ser cognominado pela História de "século do bluff". É que a impiedade e o comunismo resolveram demolir as últimas resistências deste pobre e cambaleante Ocidente, recorrendo, em proporções até aqui desconhecidas, ao diabólico estratagema de utilizar na demolição pessoas fadadas por todos os títulos a serem defensoras impertérritas da ordem cristã.

Teólogos ateus ou quase tanto, Príncipes cujo socialismo importa na aceitação dos erros fundamentais do comunismo, burgueses comuno-progressistas que lutam rijamente pela reforma comunitária e socialista da empresa, líderes rurais que fazem quanto podem em favor da reforma agrária espoliativa, são chagas que outrora constituíam exceção e em nosso tempo se vão multiplicando com uma celeridade impressionante.

Fonte: Um grande "bluff" do século dos "bluffs", Catolicismo, nº 194, Fevereiro de 1967 (Ambientes, Costumes, Civilizações)

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