Sou tomista convicto. O aspecto da Filosofia pelo qual mais me interesso é a Filosofia da História. Em função deste encontro o ponto de junção entre os dois gêneros de atividade em que me venho dividindo ao longo de minha vida: o estudo e a ação. O ensaio em que condenso o essencial de meu pensamento explica o sentido de minha atuação ideológica. Trata-se do livro Revolução e Contra-Revolução.

25 de agosto de 2013

Pacíficos e pacifistas

É preciso não confundir os pacifistas com os pacíficos. A estes últimos, Nosso Senhor prometeu, no Sermão das bem-aventuranças, um prêmio admirável: "Serão chamados filhos de Deus". O varão pacífico é aquele que ama a paz. E a paz verdadeira, Santo Agostinho a definiu esplendidamente como a "tranqüilidade da ordem".

Pelo contrário, o pacifista tem pouco amor a qualquer tranqüilidade, venha ela da ordem ou da desordem. E no fundo ele prefere a desordem. Se fala em paz, é como pretexto para iludir e imobilizar os varões pacíficos, adeptos da ordem.

Fonte: Contradições desinibidas, Folha de S. Paulo, 5/8/1973

Um comentário:

Mª. Sonia Carvalho Gomiero disse...

Infelizmente os pacifistas sempre estiveram a serviço do mal. Via de regra os próprios, atuando indiretamente, promovem as contendas para alçarem motivos para sua atuação pré_ determinada, com escopo em interesses próprios ou sob comando de aproveitadores que visam se locupletarem ilicitamente do momento difícil entre os contendores.
O pacifista atua nos momentos mais cruciais das contendas, quando a isenção de ânimos se mostra desprovida de rédeas, sendo exatamente o momento mais propício para sua atuação lograr o êxito almejado.
O mais lastimável, é que dependendo do grau de capacidade intelectual dos contendores, os tais pacifistas ainda se passam por defensores da paz e ínclito direito.
Isso é lamentável, mas acontece em todos os segmentos sociais, comerciais e até familiares, por incrível que pareça. Quando a pessoa pensa que encontrou a fada madrinha, deparou-se com a bruxa que vai assombra-la pelo resto da vida.