Sou tomista convicto. O aspecto da Filosofia pelo qual mais me interesso é a Filosofia da História. Em função deste encontro o ponto de junção entre os dois gêneros de atividade em que me venho dividindo ao longo de minha vida: o estudo e a ação. O ensaio em que condenso o essencial de meu pensamento explica o sentido de minha atuação ideológica. Trata-se do livro Revolução e Contra-Revolução.

18 de outubro de 2013

Nobreza: padrão de excelência

Privada de qualquer poder político nas repúblicas contemporâneas, e possuindo nas monarquias apenas resquícios desse poder; tendo no mundo das finanças uma representação escassa, quando a tem; desempenhando na diplomacia, bem como no mundo da cultura e do mecenato, um papel de evidência quase sempre menor do que o da burguesia, a nobreza de hoje, na maior parte dos casos, não é senão um resíduo. Resíduo precioso, que representa a tradição, e que consiste essencialmente num tipo humano.

A este tipo humano, como defini-lo?

O curso dos fatos levou a que, durante séculos, e ainda na nossa sociedade intoxicada de igualitarismo, de vulgaridade, de baixa corrupção moral, a nobreza tenha constituído um padrão de excelência para edificação de todos os homens e, em certo sentido, para que recebam um merecido realce todas as coisas exímias, dignas de tal. Pois quanto mais se diz de um objecto que ele é nobre, aristocrático, tanto mais se acentua que ele é excelente no seu género.

Fonte: Nobreza e elites tradicionais análogas, nas alocuções de Pio XII ao Patriciado e à Nobreza romana, p. 137

Nenhum comentário: