Sou tomista convicto. O aspecto da Filosofia pelo qual mais me interesso é a Filosofia da História. Em função deste encontro o ponto de junção entre os dois gêneros de atividade em que me venho dividindo ao longo de minha vida: o estudo e a ação. O ensaio em que condenso o essencial de meu pensamento explica o sentido de minha atuação ideológica. Trata-se do livro Revolução e Contra-Revolução.

1 de novembro de 2013

Combater os erros entre católicos não é obra de divisão, mas de união

Para muitos espíritos timoratos, apontar a existência de erros entre os católicos é fazer obra de desunião. Condenando o Modernismo, Pio X desencadeou contra os fautores deste erro o zelo dos elementos mais vigilantes do mundo intelectual e dos homens de ação católicos.

S. Pio X - supérfluo é dizê-lo - não patrocinou calúnias, nem exageros, nem injustiças. Mas exprimiu o reiterado e formal desejo de que os católicos lutassem energicamente contra o modernismo.

Fez ele com isto obra de divisão? Fomentou a desunião? Pelo contrário. É o que proclamou o Santo Padre Pio XII, ao afirmar que S. Pio X lutou como "um gigante pela defesa de um tesouro inestimável: a unidade interna da Igreja em seu fundamento íntimo, a Fé".

Aqui está apontada a chave da questão. A unidade da Igreja se baseia na unidade da Fé. Combater os erros entre católicos não é obra de divisão, mas de união, porque visa congregar a todos na mesma Fé.

Um Papa tão resolutamente oposto aos erros de seu tempo não teria sido anacrônico? Não teria ele agido melhor condescendendo, calando, fechando os olhos? Pelo contrário.

S. Pio X foi um Papa atualíssimo, pois previu a terrível crise de nossos dias, e o mundo a teria evitado, se tivesse ouvido seus ensinamentos. O capitão "atualizado" não é o que deixa o barco correr ao sabor das ondas, mas o que o dirige com mão firme para evitar os escolhos.

Fonte: São Pio X, a paz interna da Igreja, Catolicismo, Junho de 1954

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