Sou tomista convicto. O aspecto da Filosofia pelo qual mais me interesso é a Filosofia da História. Em função deste encontro o ponto de junção entre os dois gêneros de atividade em que me venho dividindo ao longo de minha vida: o estudo e a ação. O ensaio em que condenso o essencial de meu pensamento explica o sentido de minha atuação ideológica. Trata-se do livro Revolução e Contra-Revolução.

6 de novembro de 2013

Que fazem os dirigentes temporais pela dilatação do Reino de Cristo no mundo?

Falamos em Cristandade. Se tomássemos hoje, a esmo, qualquer católico mesmo bem instruído, poderia ele dizer-nos o que é isto?

Os povos cristãos formam uma verdadeira família, no sentido mais genuíno da palavra. A família resulta, antes de tudo, de uma certa comunidade de vida entre seus membros, recebida da mesma fonte, do mesmo tronco genealógico. A Cristandade tem também uma comunidade de vida, a vida da graça, a vida sobrenatural que faz de cada fiel um filho adotivo de Deus. A comunidade de vida cria obrigações, na família e na Cristandade. Na Família a defesa dos ancestrais, de que todos receberam a vida natural, a defesa dos parentes, em cujas veias corre o mesmo sangue. Na Cristandade, a defesa de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Seu Corpo Místico. Na família, todos devem trabalhar para o ideal comum. Na Cristandade todos devem cooperar para a dilatação do Reino de Cristo. O conceito de Cristandade é uma projeção, no terreno natural, da grande realidade sobrenatural que é o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Se este conceito estivesse bem vivaz na mente dos católicos contemporâneos, eles perguntariam naturalmente aos seus dirigentes temporais o que fazem no momento, pela dilatação do Reino de Cristo no mundo, que serviço prestam à Igreja com este objetivo, que providências estão tomando para destruir os obstáculos que no mundo inteiro se levantam contra este supremo desideratum.

Fonte: Cristandade, Legionário, 18.08.1946

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