Sou tomista convicto. O aspecto da Filosofia pelo qual mais me interesso é a Filosofia da História. Em função deste encontro o ponto de junção entre os dois gêneros de atividade em que me venho dividindo ao longo de minha vida: o estudo e a ação. O ensaio em que condenso o essencial de meu pensamento explica o sentido de minha atuação ideológica. Trata-se do livro Revolução e Contra-Revolução.

26 de março de 2014

Moderno: materialista, sensual e extravagante?

Somos contra o "moderno"? Por esta palavra se entende o que é, não só próprio, mas típico de nossa época, algo que: a) lhe é inerente; b) a diferencia do passado; c) a distinguirá do futuro.

Ora, em matéria de arte - e em muitas outras - uma propaganda hábil, pertinaz, onímoda, vai inculcando cada vez mais certo espírito de materialismo, de sensualidade, de extravagância delirante. O estilo animado por este espírito preside à construção ou reconstrução de cidades inteiras, marca em todas as partes do mundo o aspecto externo e a decoração interior da maioria dos edifícios novos de importância grande, media ou até pequena, expõe suas produções em certames de arte universais, etc., etc.. Contra ele, o "homem da rua" contemporâneo reage instintivamente, mas levemente. De sorte que esse espírito ou já é ou está a caminho de ser o estilo de nosso século, por onde este se diferencia dos anteriores e queira Deus dos posteriores.

Se a isto e só a isto se chama moderno, se ser moderno é aceitar a marca, o estigma do materialismo, não só do materialismo cru, mas do materialismo "moderado" com todas as suas colorações e despistamentos, então é inegável que somos antimodernos porque somos católicos.

Fonte: Ser moderno: apostasia ou dever sagrado?, Catolicismo nº 38, Fevereiro de 1954

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